Um Plano Poupança Reforma (PPR), é um produto de poupança e de investimento a médio e longo prazo, para potenciar a acumulação de património como complemento à reforma.

Sendo um produto pensado a longo prazo, tem um conjunto de características que o tornam distinto de outras aplicações financeiras, nomeadamente benefícios fiscais e uma tributação mais favorável.

O termo PRIIP (em inglês Packaged Retail Investment and Insurance-based Products) refere-se a uma categoria de ativos financeiros que são regularmente oferecidos a clientes na União Europeia, através de bancos ou outras instituições financeiras.

A nível regulamentar, esta categoria é intencionalmente muito abrangente, com o objetivo de cobrir produtos financeiros que têm exposição a ativos subjacentes como obrigações, ações, produtos estruturados, apólices de seguros, entre outros.

Estes produtos têm associado um determinado nível de risco e de rentabilidade. A regulação dos PRIIPs definiu novas metodologias de cálculo e requisitos de transparência, implementados na União Europeia a partir de 1 de janeiro de 2018.

Um IBIP (em inglês Insurance Based Investment Product) é um produto financeiro com uma componente de investimento e uma componente de seguros.

Quando compramos um IBIP, recebemos um produto de seguros e investimos, direta ou indiretamente, nos mercados financeiros. Um IBIP tem o seu valor de vencimento ou de resgate total ou parcialmente exposto, direta ou indiretamente, às flutuações de mercado.

Normalmente, um IBIP tem exposição a um ou mais fundos de investimento unit-linked de uma terceira entidade e ganha ou perde em função do desempenho desse fundo.

Os seguros financeiros pertencem ao ramo “vida” e dividem-se em duas modalidades: seguros de capitalização garantidos e seguros ligados a fundos de investimento ou unit linked.
As duas modalidades respondem a necessidades e objetivos distintos. A escolha de cada um destes seguros depende dos objetivos financeiros que se pretende atingir, mas sobretudo do perfil de investidor.

• Seguros de capitalização garantidos:
• Destinados à aplicação de poupança com um nível de risco baixo
• Com capital e rendimento garantidos pela Seguradora 
• Com possibilidade de participação nos lucros da Seguradora

• Seguros de capitalização ligados a fundos de investimento (unit linked):
• Produtos com risco, nomeadamente com a possibilidade de perda de capital investido e sem rendimento garantido
• A rentabilidade depende da evolução do valor dos ativos subjacentes
• Com um potencial de rentabilidade mais atrativo
• Geralmente associados a um nível superior de diversificação.

Diversificar significa distribuir o seu dinheiro por diferentes produtos de poupança, que proporcionam exposição a diferentes classes de ativos, setores de atividade, geografias e prazos.

Quando diversificamos, estamos a reduzir a nossa exposição a uma única fonte de risco, isto é, procura-se que as valorizações de uns ativos compensem as desvalorizações de outros.

Investir de forma sustentável é a prática de tomar decisões de investimento com base em estratégias éticas e socialmente responsáveis, garantindo que as empresas que compõem o portfólio têm em conta princípios de sustentabilidade e integram critérios ambientais, sociais e de governança (ESG - Environmental, Social Governance).

É uma estratégia de investimentos que procura conciliar o retorno financeiro com objetivos de desenvolvimento sustentável. Este tipo de produtos tem ganho importância face à necessidade de mobilizar capitais para financiar os enormes desafios ambientais e sociais com que nos confrontamos.

Um investimento sustentável não deve ser visto apenas como uma tendência de curto prazo, mas como uma mudança de atitude da sociedade, em particular pela preocupação com o futuro do nosso planeta.

É uma forma eficiente de incluir princípios sociais, ambientais e de governança no âmbito dos nossos investimentos pessoais.

Sigla em inglês, para "Environmental Social Governance", e em português “Ambiental, Social e Governança”, é uma métrica criada para medir o grau de compromisso das organizações relativamente aos objetivos do desenvolvimento sustentável.

Estes fatores são abordados e concretizados em vários documentos que impulsionam a sustentabilidade no setor dos serviços financeiros, como é o caso:

• Acordo de Paris (COP-21), adotado no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, que foi aprovado pela União Europeia em 5 de outubro de 2016;
• Regulamento (UE) 2019/2088, de 27 de novembro de 2019, relativo à Divulgação de Informações relacionadas com a Sustentabilidade no Setor dos Serviços Financeiros;
• Regulamento (UE) 2020/852, de 18 de junho de 2020, relativo ao estabelecimento de um Regime para a Promoção do Investimento Sustentável (Taxonomia Ambiental).

Os produtos financeiros que a Tranquilidade disponibiliza permitem começar com montantes entre os 100€ (Tranquilidade PPR) e os 2.000€ (Investimento Verde). O Tranquilidade Investimento Protegido é um seguro de capitalização e permite uma entrada mínima de 1.000€.

Sim. Se quer fazer reforços/entregas regulares pode fazê-las a partir de 25€ (Tranquilidade PPR). Os dois produtos financeiros Tranquilidade Investimento Protegido e Investimento Verde permitem reforços/entregas suplementares ou extraordinárias a partir dos 250€ e dos 500€, respetivamente.

O risco de um investimento ligado a unidades de participação de um fundo, como um PPR ou um seguro de capitalização, tem por base o Indicador Sumário de Risco e de Remuneração (ISRR), que varia entre 1 e 7.

De 1 a 2, os investimentos destinam-se a investidores com baixa tolerância ao risco. De 3 a 4, os produtos financeiros são adequados para investidores de média tolerância ao risco. De 5 a 7, os investimentos são ideais para quem tem tolerância elevada ao risco.

Um PPR, ou plano poupança-reforma permite benefícios fiscais:

• Na subscrição (ou à entrada)

Em sede de IRS são deduzidos à coleta 20% do valor aplicado por ano, com os seguintes limites:  

• Até aos 35 anos; pode deduzir até 400€, desde que aplique 2.000€ no seu PPR (dedução máxima);
• Dos 35 aos 50 anos, pode deduzir até 350€, desde que aplique 1.750€ no seu PPR (dedução máxima);
• Depois dos 50 anos até à idade da reforma, pode deduzir até 300€, desde que aplique 1500€ no seu PPR (dedução máxima).
• Para um investidor abaixo dos 35 anos, a poupança fiscal pode significar 400€ de benefício se aplicar 2.000€ por ano num PPR.

• No resgate

Um PPR pode também ser resgatado em condições muito específicas (sem que se verifique a perda do benefício fiscal):

• Reforma por velhice ou a partir dos 60 anos de idade
• Desemprego de longa duração do participante ou de qualquer dos membros do agregado familiar
• Incapacidade permanente para o trabalho ou doença grave do participante ou de qualquer dos membros do agregado familiar
• Utilização para pagamento de prestações de crédito hipotecário sobre imóvel destinado apenas a habitação própria e permanente do participante.

• Num seguro de capitalização, se receber o seu rendimento antes de 5 anos terá de pagar de IRS 28% (taxa liberatória). 
• Se o resgate acontecer entre os 5 e os 8 anos, a taxa a aplicar é de 22,4% e se for para lá dos 8 anos desce para os 11,2%. 
• No caso de um PPR, se quiser receber todo o seu dinheiro num momento sem penalização, estará sujeito a uma taxa de 8% sobre o montante resgatado.