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04-12-2017

4ª Conferência Expresso/Tranquilidade/Açoreana

 Açores: o futuro na região já não pode ser o do turismo de massas

Os desafios e as oportunidades do turismo nos Açores foram temas em debate na 4ª Conferência "Seguros: os Novos Desafios", projeto que junta, este ano, a Tranquilidade/Açoreana e o Expresso. O evento realizou-se no dia 29 de novembro, no Teatro Micaelense, em Ponta Delgada, e foi moderado por João Vieira Pereira, diretor-adjunto do Expresso, que teve como convidados Filipe Macedo, Director Regional do Turismo dos Açores; Jan de Pooter, CEO da Tranquilidade/Açoreana;Isabel Barata, vogal executiva da SATA; João Welsh, administrador do grupo CBK; e Miguel Muñoz Duarte, professor da Nova School of Business.

Conforme explicou Filipe Macedo, o turismo nos Açores está a mudar e regista, desde 2014, um crescimento acentuado sustentado, a atingir dois dígitos nos dois últimos anos. O tipo de visitante já não é maioritariamente o que chega englobado em tour organizado. Agora há mais turistas independentes que compram o destino de forma diferente. O turismo nos Açores está num importante ponto de viragem em que pode seguir dois caminhos: ou segue pelo turismo fast-food e de massas que descaracteriza e retira competitividade à região ou mantém-se como o destino autêntico e genuíno que o caracteriza desde sempre.

A julgar pelas opiniões dos oradores, a resposta é simples: o caminho a seguir não pode ser o do turismo de massas. Miguel Muñoz Duarte diz que os Açores têm de ser a "Apple do Atlântico" e justifica: "Temos de colocar os Açores no mapa internacional certo, que não é o da praia da Rocha". João Welsh acrescenta: "A melhor estratégia para os Açores é não se transformar num destino turístico. Os Açores não podem aceitar restaurantes chamadores de clientes. Não têm de ir à procura dos grupos, mas sim de um turismo que se envolva com a natureza". Isabel Barata salientou que "que existe ainda uma grande sazonalidade que é preciso combater e para isso têm de ser promovidas outras atividades, como por exemplo o vulcanismo". Jan de Pooter assegurou que o setor segurador soube acompanhar as necessidades das empresas de turismo e reforçou que a Tranquilidade/Açoreana "irá continuar a dar resposta às oportunidades que a evolução do setor do turismo tem apresentado e a dar suporte ao crescimento sustentado e seguro de projetos nesta área".

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